sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sono REM e nao REM

1.      Introdução
Uma boa noite de sono é muito mais do que descansar o corpo e deixá-lo preparado para o dia seguinte. O organismo precisa desta pausa para registrar eventos importantes na memória, regular as defesas e fortalecer a imunidade, além de equilibrar o funcionamento dos hormona que regem as atividades celulares.
Estudos realizados em 2006 mostram que cerca de 45% dos pacientes que sofrem de distúrbios comportamentais do sono acabam desenvilvendo várias doenças neurodegenerativas causadas pela falta de dopamina no cérebro.
O segundo estudo, por sua vez, descobriu que testes de neuroimagem que que medem a dopamina no cérebro são úteis para identificar pacientescom destúrbios no sono com mais riscos de desenvolvere doenças neurodegenerativas.
O presente trabalho aborda assuntos relacionados com o Sono podendo ser, REM e NÃO REM. Para a elaboração deste tema usou-se uma linguagem clara de modo que facilitem a leitura e a interpretação dos mesmos.
1.1.Objectivos

1.1.1.      Gerais
Ø  Fazer uma abordagem sobre o sono REM e não REM.

1.1.2.      Específicos
Ø  Explicar a importância do sono;
Ø  Mencionar as fases do sono;
Ø  Caracterizar o sono REM e não REM;
Ø  Explicar as causas do sono REM e não REM;
Ø  Explicar o comportamento violento;
Ø  Descrever os fatores ambientais que interferem no sono;
Ø  Relacionar sono REM e estado de vigilia;


1.2. Metodologia
O trabalho foi pesquisado pelo grupo, onde cada elemento do grupo trouxe os seus resultados de pesquisa a fim de unir os conteúdos para formar um trabalho só.  Ao longo das pesquisas fez-se o uso de bibliografias recomendadas pelo docente, não só, mas tambem outras fontes da rede internacional como internet.
Trabalhou-se bastante no uso de material didáctico como câmeras para fazer retratos de algumas imagens ilustrativas que tambem justificam o nosso tema, (ver Anexos-I, II e III).















2.      O Sono
O sono é um estado ordinário de consciência, complementar ao da vigília (ou estadodesperto), em que há repouso normal e periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros vertebrados, pela suspensão temporária da actividade motora voluntária (BAKWIN, 1970).
Segundo FRIEDMAN (1795) definiu sono como "sendo o desencadear deliberado de uma alteração ou redução do estado consciente, que dura muitíssimo, em média 8 horas tendo início sensivelmente à mesma hora, em cada período de 24 horas, e resultando, geralmente, em sensação de energia física, psíquica e intelectual restabelecida".
Existem várias definições do sono apresentadas por diferentes autores, e, no geral, complementam-se umas às outras.
Segundo MACK (1979) afirma que, dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados,  podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo.
Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes (IBID, 1979).
Alguns fatos comprovados por pesquisas podem nos dar uma idéia da importância que tem o sono no nosso desempenho físico e mental. Por exemplo, num estudo realizado pela Universidade de Stanford, EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetidos a testes de atenção.
Constatou-se que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue - quantidade equivalente a três doses de uísque. Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planear e de executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio.

2.1.O sono e hormonas
Segundo BAKWIN (1970) afirma que, ao longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono que são produzidos alguns hormonas que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo. Por exemplo, o pico de produção do hormona do crescimento (também conhecido como GH, de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir.

2.2.Importância do sono
Segundo afirma que, o sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença, enquanto a privação deste pode afetar a regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária. A especialista Mahatad Amated diz que no período do sono que as partículas alfa do cérebro trabalham com maior eficácia (IBID, 1970).
É um total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da sociedade industrial, esforçam-se por reduzir o número de horas de sono diário,. Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo "treinado" para dormir menos nos permita ampliar o número de "horas úteis" do dia, mantendo o mesmo desempenho (IBID, 1970)

2.3.O ciclo do sono
Um ciclo do sono dura cerca de noventa minutos, ocorrendo quatro a cinco ciclos num período de sono noturno.
Segundo LAVIE (1998, 45) afirma que, o número de ciclos por noite depende do tempo do sono, acrescentando, ainda, que "o sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.
Durante o sono, o indivíduo passa, geralmente por ciclos repetitivos, começando pelo estágio 1 do sono NREM, progredindo até o estágio 4, regride para o estágio 2, e entra em sono REM. Volta de novo ao estágio 2 e assim se repete novamente todo o ciclo.
Segundo BOLANDER (1998) afirma que, nos primeiros ciclos do sono, os períodos de NREM (mais concretamente o estágio 3 e 4) têm uma duração maior que o REM. À medida que o sono vai progredindo, os estágios 3 e 4 começam a encurtar e o período REM começa a aumentar. Na primeira parte do sono predomina o NREM, sendo os períodos REM mais duradouros na segunda metade.
Um ciclo de sono completo divide-se em quatro fases, que duram cerca de 20 minutos cada uma e vão desde a simples sonolência até o estágio mais profundo, repetindo-se ao longo da noite.

2.4.As Fases do Sono
Fase 1:            Melatonina é liberada, induzindo o sono(sonolência)
Fase 2:            Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, (sono leve) relaxam-se os músculos e cai a temperatura corporal
Fases 3 e 4:     Pico de liberação do GH e da leptina; cortisol começa (sono profundo) a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã
O sono divide-se em dois tipos fisiologicamente distintos:
Ø  NREM (Non Rapid Eye Movement ou "Movimento Não Rápido dos Olhos"); e
Ø  REM (Rapid Eye Movement ou "Movimento Rápido dos Olhos").

3.      O Sono não-REM

O sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do tempo do sono e divide-se em quatro períodos distintos conhecidos como estágios 1, 2, 3 e 4.
  • Estágio 1:
Começa com uma sonolência. Dura aproximadamente cinco minutos. A pessoa adormece. É caracterizado por um electroencefalografia (EEG) que é o estudo do registro gráfico das correntes eléctricas desenvolvidas no encéfalo, realizado através de electrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica,  semelhante ao do estado de vigília.
Esse estágio tem uma duração de um a dois minutos, estando o indivíduo facilmente despertável. Predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre relacionada com acontecimentos vividos recentemente.
  • Estágio 2:
Nesse estágio a pessoa não se encontra a dormir profundamente. Dura cerca de cinco a quinze minutos. O eletroencefalograma mostra frequências de ondas mais lentas, aparecendo o complexo K. Nessa fase, os despertares por estimulação táctil, fala ou movimentos corporais são mais difíceis do que no anterior estágio (vide figura 2. Anexos). Aqui a atividade onírica já pode surgir sob a forma de sonho com uma história integrada (IBID, 1998)
  • Estágio 3:
Tem muitas semelhanças com o estágio 4, daí serem quase sempre associados em termos bibliográficos quando são caracterizados. Nessas fases, os estímulos necessários para acordar são maiores. Do estágio 3 para o estágio 4, há uma progressão da dificuldade de despertar. Esse estágio tem a duração de cerca de quinze a vinte minutos. (vide figura 3. Anexos).
  • Estágio 4:
São quarenta minutos de sono profundo. É muito difícil acordar alguém nessa fase de sono. Depois, a pessoa retorna ao terceiro estágio (por cinco minutos) e ao segundo estágio (por mais quinze minutos). Entra, então, no sono REM.

Neste estágio NREM do sono caracteriza-se pela secreção do hormona de crescimento em grandes quantidades, promovendo a síntese proteica, o crescimento e reparação tecidular, inibindo, assim, o catabolismo. O sono NREM tem, pois, um papel anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física (IBID, 1998).

4.      O Sono REM

O sono REM caracteriza-se por uma intensa actividade registrada no eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléticos. Nesta fase, a actividade cerebral é semelhante à do estado de vigília. Deste modo, o sono REM é também denominado por vários autores como sono paradoxal, podendo mesmo falar-se em estado dissociativo (IBID, 1998).
Nesta fase do sono, a atividade onírica é intensa, sendo sobretudo sonhos envolvendo situações emocionalmente muito fortes.
É durante essa fase que é feita iscugula da atividade cotidiana, isto é, a separação do comum do importante. Estudos também demonstram que é durante o REM que sonhos ocorrem. A fase representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos. É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.
Também nesta fase, os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado. As pessoas acordadas durante o sono REM, normalmente, sentem-se alertas, com maior índice de atenção, ou mais dispostas e prontas para a atividade normal. Os movimentos dos olhos associados ao REM são gerados pelo núcleo geniculado lateral do tálamo e associados a ondas occipitais. Durante o sono REM o tônus muscular da pessoa diminui consideravelmente. Também chamado sono paradoxal, termo que caiu em desuso (IBID, 1998).
No R.E.M., o cérebro bloqueia os neurônios motores, para que o corpo não obedeça as ordens sonhadas ou as encene. O resultado é conhecido como Paralisia do sono.

4.1.Duração do sono REM
Durante uma noite de sono, uma pessoa normalmente tem cerca de 4 ou 5 períodos de REM, que são bem curtos no começo da noite e mais longos no final. É comum acordar por um curto período de tempo no fim de um acesso de REM. O tempo total de sono em REM ronda os 90 a 120 minutos por noite para adultos. Entretanto a quantidade relativa de sono REM diminui acentuadamente com a idade (IBID, 1998).
Um bebê recém-nascido dorme mais de 80% do tempo total de sono em sono REM; enquanto uma pessoa de 70 anos dorme menos de 10% em sono REM. A média para adultos jovens é 20% do tempo total de sono ser em sono R.E.M.

4.2.Prevalência do sono REM

Segundo RUBENS (1999) afirma que, a prevalência permite compreender o quanto é comum ou rara, uma determinada doença ou situação numa população. Na área da saúde a prevalência ajuda o profissional a conhecer a probabilidade – ou risco – de um indivíduo sofrer de determinada doença.

A prevalência do sono REM é mais comum em crianças em idade escolar. Cerca de 25% das crianças entre 3 a 10 anos relatam pelo menos um episódio por ano e 15% tem episódios todos os meses. Possui tendência genética pois gêmeos idênticos apresentam sonambulismo seis vezes mais frequentemente que os não-idênticos e 40% das pessoas com sonambulismo possuem pelo menos dois outros parentes que também tem este distúrbio. Estima-se que a prevalência nos países varie entre 1 a 15% da população, sendo mais comum nos países com população predominantemente jovem e com alto uso de sedativos (como álcool) (IBID, 1999).
Dentre as crianças entre 5 e 12 anos de idade, estima-se que 15 a 40% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida. A maior parte das crianças sonâmbulas deixa de apresentar este comportamento a partir da adolescência.
Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 4% apresentam sonambulismo. Porém é importante lembrar que quando acordamos por curtos intervalos, o cérebro pode apagar essas memórias como desnecessárias junto com nossos sonhos, dando a impressão de um episódio de sonambulismo. Essa amnésia também é comum nas dissonias. Como crianças não tem as áreas responsáveis pela memorização bem desenvolvidas quanto adultos esse esquecimento é ainda mais comum nelas (IBID, 1999).

5.      Características do sono REM e NREM

Segundo TIERNEY (1993) afirma que, os sonos REM e NREM são habitualmente episódios isolados, mas pode ter um carácter recorrente em 1-6% dos pacientes. O sonambulismo, segundo estudos de polissonografia, geralmente ocorre uma a duas horas depois de começar a dormir (estágios 3 e 4 do sono), na fase chamados sono de ondas lentas (SOL) e Lento único e afetivo (LUA). Pode durar apenas alguns segundos ou mais de 30 minutos.

6.      Causas do sono REM e NREM

As causas do sono REM e NREM são desconhecidas e não existe um tratamento eficaz. Acredita-se, erradamente, que o sonambulismo é a conversão, no estado de vigília, dos movimentos que o indivíduo efetua durante o sonho.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, na realidade o sonambulismo ocorre antes do estágio de movimentos oculares rápidos. O sono tem cinco estágios durante os quais as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo estado de relaxamento..
Segundo afirma que a baixa atividade se mantém no hipotálamo, ligado à consciência, e no córtex cerebral, que controla os movimentos do corpo. No caso dos sonâmbulos, essas ondas, vindas de uma área do cérebro chamada ponte, são irregulares. Por isso não cumprem a contento a função de inibir a região motora (IBID, 1993).
Como as áreas motoras permanecem ativas, o sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e trocar a roupa. Já a área relacionada à consciência e memória, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz nem se lembra de nada no dia seguinte embora algumas vezes podendo se manifestar como por exemplo: ir pagar uma conta a um multibanco ou escrever uma carta devido uma grande preocupação (IBID, 1993)

6.1. Factores de risco

Vários factores aumentam a probabilidade de sonambulismo, dentre eles.
Ø  Uso de sedativos;
Ø  Consumo de álcool;
Ø  Estresse excessivo;
Ø  Ansiedade e;
Ø  Febre.
Além disso, é mais frequente em pessoas que possuem transtornos como:
Ø  Transtorno de estresse pós-traumático

6.2. Casos notáveis

Em 1846 Tirell Bickford foi acusado de matar a prostituta, Mary Ann, durante um episódio de sonambulismo mas inocentado pelo critério de insanidade temporária.
Recentemente houve um caso no onde um homem escalou uma montanha durante o sono, e acordou apenas lá em cima. O incrível é que bombeiros cheios de equipamentos e outros levaram horas para escalar a montanha para o resgate, já que a montanha era muito íngreme.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, algumas pessoas já foram vistas caindo de janelas e escadas enquanto estavam sonâmbulas. Alguns sonâmbulos podem ser violentos, inclusive a ponto de matar acidentalmente pessoas próximas. Em alguns casos internacionais de homicídios e tentativas de homicídio com pacientes sonâmbulos o juri declarou o réu inocente por critério de insanidade temporária. Em outros casos esse argumento já foi negado e o réu condenado a morte, prisão ou confinamento em instituição psiquiátrica.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, os comportamentos incluíram: tirar própria roupa; molestar o parceiro; tentar tirar a roupa do(a) parceiro(a); auto-estimulação e tentar o coito forçado. Acordar o parceiro pode ser difícil mas é suficiente para que ele se controle, geralmente se sentindo culpado e envergonhado por esse comportamento.

6.2.1.      Comportamento violento

Alguns pacientes violentos durante o sonambulismo também tem episódios recorrentes de terror noturno e pesadelos. As principais características associadas à este comportamento são:  
Ø  Sexo masculino;
Ø  Problemas familiares na infância;
Ø  História de abuso sexual;
Ø  Escala de Hamilton > 24;
Ø  História familiar de caminhar à noite ou terror noturno;
Ø  Presença de desorganização no horário do sono, com ciclos vigília-sono mais caóticos;
Ø  História de abuso de substâncias.
Esse tipo de comportamento é bastante raro com apenas alguns poucos casos descritos na literatura.

6.3.Fatores ambientais que interferem no sono
Segundo PHIPPS (1995) afirma que, o sono é uma das muitas ocorrências biológicas que tem lugar à mesma hora, cada 24 horas.
A necessidade diária de sono varia, não só de indivíduo para indivíduo (variação inter-individual), como também no mesmo indivíduo (variação intra-individual) de dia para dia. Existem vários factores que contribuem para a alteração do padrão de sono, nomeadamente factores físicos, sócio-culturais, psicológicos, ambientais e outros. Segundo um estudo efetuado por DLIN e colaboradores, dentro do ambiente temos então:
Ø  Ruído: o ruído pode ser visto como um perigo ambiental que cria desconforto e pode interferir com o sono e repouso do doente, uma vez que activa o sistema nervoso simpático cuja estimulação é responsável pelo estado de vigília ou alerta do indivíduo.
Ø  Luz: muitas pessoas apresentam um nível de sensibilidade elevado à luz, sendo por isso facilmente perturbadas durante o sono mesmo que seja uma luz de pouca intensidade.
Ø  Temperatura: tendo em conta que a temperatura corporal atinge o seu pico ao final da tarde ou princípio da noite e depois vai baixando progressivamente, atingindo o ponto mais baixo ao início da manhã, uma diminuição ou um aumento da temperatura ambiente faz, geralmente, acordar a pessoa ou cria-lhe um certo desconforto que o impossibilita de dormir.

6.4. Relação entre sono REM e o estado de Vigília
Dentre o sono REM e o estado de vigília encontra-se uma relação existente entre esses dois processos, onde, o sono REM caracteriza-se por uma intensa actividade registrada no eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléticos. Por outro lado, o estado de vigília, o sono tem uma duração de um a dois minutos, estando o indivíduo facilmente despertável. Predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre relacionada com acontecimentos vividos recentemente.






7.      Constatação
Chegado ao fim deste trabalho constatou-se que, o sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença, enquanto a privação deste pode afectar a regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária.
O número de ciclos por noite depende do tempo do sono, acrescentando, ainda, que "o sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.
Durante o sono, o indivíduo passa, geralmente por ciclos repetitivos, começando pelo estágio 1 do sono NREM, progredindo até o estágio 4, regride para o estágio 2, e entra em sono REM. Volta de novo ao estágio 2 e assim se repete novamente todo o ciclo.
Dentre as crianças entre 5 e 12 anos de idade, estima-se que 15 a 40% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida. A maior parte das crianças sonâmbulas deixa de apresentar este comportamento a partir da adolescência. Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 4% apresentam sonambulismo.
O sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e trocar a roupa. A área relacionada à consciência e memória, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz nem se lembra de nada no dia seguinte embora algumas vezes podendo se manifestar como por exemplo: ir pagar uma conta a um multibanco ou escrever uma carta devido uma grande preocupação.






8.      Bibliografia

1.      ABLON, S. L. & MACK, J £. — Sleep Disorders. In NOHSPITZ, J. D., ed. — Basic Handbook of Child Psychiatry. New York, Basic Books, 1979 p. 34.
2.      BAKWIN, H. — Sleep-walking in twins. Lancet 2:446, 1970.
3.      BOLANDER, Rapid Moviment of Eyes 1998
4.      DORLAND citado por ROPER; LOGAN; TIERNEY, 1993, 466
5.      KALLES JD, KALLES A, Soldatos CR, Chamberlin K, Martin ED. Sleepwalking and night terrors related to febrile illness. Am J Psychiatry. 1979;136(9):1214-5.
6.       Mahowald & Schenck. 1283.
7.      Ohayon MM, Caulet M, Priest RG. Violent behavior during sleep. J Clin Psychiatry. 1997;58(8):369-76; quis 377.
8.      RUBENS N. A. A. REIMÃO, ANTONIO B. LEFÈVRE (1980) DISTÚRBIOS DO SONO NA INFÂNCIA. http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/634.pdf, 1999.
9.      Sleep foundation.org











9.      Anexos
Anexos I
Figura1. Uma criança adormecida







Anexo II
Figura 2. Sono REM no seu 2º Estágio
Fonte: Lar dos Estudantes Femininos











Anexo III
Figura 3. Sono REM no seu 3º Estágio
Fonte: Lar dos Estudantes Masculinos

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