1. Introdução
Uma boa
noite de sono é muito mais do que descansar o corpo e deixá-lo preparado para o
dia seguinte. O organismo precisa desta pausa para registrar eventos
importantes na memória, regular as defesas e fortalecer a imunidade, além de equilibrar
o funcionamento dos hormona que regem as atividades celulares.
Estudos
realizados em 2006 mostram que cerca de 45% dos pacientes que sofrem de
distúrbios comportamentais do sono acabam desenvilvendo várias doenças
neurodegenerativas causadas pela falta de dopamina no cérebro.
O segundo
estudo, por sua vez, descobriu que testes de neuroimagem que que medem a
dopamina no cérebro são úteis para identificar pacientescom destúrbios no sono
com mais riscos de desenvolvere doenças neurodegenerativas.
O presente trabalho aborda assuntos relacionados com o
Sono podendo ser, REM e NÃO REM. Para a elaboração deste tema usou-se uma
linguagem clara de modo que facilitem a leitura e a interpretação dos mesmos.
1.1.Objectivos
1.1.1. Gerais
Ø
Fazer
uma abordagem sobre o sono REM e não REM.
1.1.2. Específicos
Ø
Explicar
a importância do sono;
Ø
Mencionar
as fases do sono;
Ø
Caracterizar
o sono REM e não REM;
Ø
Explicar
as causas do sono REM e não REM;
Ø
Explicar
o comportamento violento;
Ø
Descrever os fatores ambientais que interferem no
sono;
Ø
Relacionar
sono REM e estado de vigilia;
1.2. Metodologia
O
trabalho foi pesquisado pelo grupo, onde cada elemento do grupo trouxe os seus
resultados de pesquisa a fim de unir os conteúdos para formar um trabalho
só. Ao longo das pesquisas fez-se o uso
de bibliografias recomendadas pelo docente, não só, mas tambem outras fontes da
rede internacional como internet.
Trabalhou-se
bastante no uso de material didáctico como câmeras para fazer retratos de
algumas imagens ilustrativas que tambem justificam o nosso tema, (ver Anexos-I,
II e III).
2. O Sono
O sono é um estado ordinário de consciência,
complementar ao da vigília (ou estadodesperto), em que há repouso normal e
periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros vertebrados, pela
suspensão temporária da actividade motora voluntária (BAKWIN, 1970).
Segundo FRIEDMAN (1795) definiu sono como "sendo o desencadear
deliberado de uma alteração ou redução do estado consciente, que dura
muitíssimo, em média 8 horas tendo início sensivelmente à mesma hora, em cada
período de 24 horas, e resultando, geralmente, em sensação de energia física,
psíquica e intelectual restabelecida".
Existem várias definições do sono apresentadas
por diferentes autores, e, no geral, complementam-se umas às outras.
Segundo MACK (1979) afirma
que, dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o
sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo
a curto, médio e, mesmo, a longo prazo.
Estudos
provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico,
envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à
hipertensão e ao diabetes (IBID, 1979).
Alguns
fatos comprovados por pesquisas podem nos dar uma idéia da importância que tem
o sono no nosso desempenho físico e mental. Por exemplo, num estudo realizado
pela Universidade de Stanford, EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas
foram submetidos a testes de atenção.
Constatou-se
que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue -
quantidade equivalente a três doses de uísque. Igualmente, tomografias
computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do
metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planear e de
executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse
processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e
alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o
equilíbrio.
2.1.O sono e
hormonas
Segundo
BAKWIN (1970) afirma que, ao longo prazo, a privação do sono pode comprometer
seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono que são produzidos alguns
hormonas que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo. Por
exemplo, o pico de produção do hormona do crescimento (também conhecido como
GH, de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do
sono profundo, aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir.
2.2.Importância
do sono
Segundo afirma que, o sono é importante para a
recuperação da saúde em situação de doença, enquanto a privação deste pode afetar a
regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária. A
especialista Mahatad Amated diz que no período do sono que as partículas alfa
do cérebro trabalham com maior eficácia (IBID, 1970).
É um
total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das
pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da
sociedade industrial, esforçam-se por reduzir o número de horas de sono
diário,. Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo "treinado"
para dormir menos nos permita ampliar o número de "horas úteis" do
dia, mantendo o mesmo desempenho (IBID, 1970)
2.3.O ciclo do sono
Um ciclo
do sono dura cerca de noventa minutos, ocorrendo quatro a cinco ciclos num
período de sono noturno.
Segundo LAVIE (1998, 45) afirma que, o número
de ciclos por noite depende do tempo do sono, acrescentando, ainda, que "o
sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses
ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o
padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.
Durante o
sono, o indivíduo passa, geralmente por ciclos repetitivos, começando pelo
estágio 1 do sono NREM, progredindo até o estágio 4, regride para o estágio 2,
e entra em sono REM. Volta de novo ao estágio 2 e assim se repete novamente
todo o ciclo.
Segundo
BOLANDER (1998) afirma que, nos primeiros ciclos do sono, os períodos de NREM
(mais concretamente o estágio 3 e 4) têm uma duração maior que o REM. À medida
que o sono vai progredindo, os estágios 3 e 4 começam a encurtar e o período
REM começa a aumentar. Na primeira parte do sono predomina o NREM, sendo os
períodos REM mais duradouros na segunda metade.
Um ciclo
de sono completo divide-se em quatro fases, que duram cerca de 20 minutos cada
uma e vão desde a simples sonolência até o estágio mais profundo, repetindo-se
ao longo da noite.
2.4.As Fases
do Sono
Fase 1: Melatonina é liberada, induzindo o sono(sonolência)
Fase 2: Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, (sono leve)
relaxam-se os músculos e cai a temperatura corporal
Fases 3 e 4: Pico de liberação do GH e da leptina;
cortisol começa (sono profundo) a ser liberado até atingir seu pico, no início
da manhã
O sono divide-se em dois tipos fisiologicamente
distintos:
Ø NREM (Non Rapid Eye
Movement ou "Movimento Não
Rápido dos Olhos"); e
3.
O Sono
não-REM
O sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do tempo do
sono e divide-se em quatro períodos distintos conhecidos como estágios 1, 2, 3 e 4.
- Estágio 1:
Começa com uma sonolência. Dura aproximadamente cinco minutos. A pessoa
adormece. É caracterizado por um electroencefalografia
(EEG) que é o estudo do registro gráfico
das correntes eléctricas desenvolvidas no encéfalo, realizado através de
electrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo
dentro da substância encefálica, semelhante ao do estado de vigília.
Esse estágio tem uma duração de um a dois
minutos, estando o indivíduo facilmente despertável. Predominam sensações de
vagueio, pensamentos incertos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre relacionada com acontecimentos
vividos recentemente.
- Estágio 2:
Nesse estágio a pessoa não se encontra a dormir
profundamente. Dura cerca de cinco a quinze minutos. O eletroencefalograma
mostra frequências de ondas mais lentas, aparecendo o complexo K. Nessa fase, os despertares por estimulação táctil,
fala ou movimentos corporais são mais difíceis do que no anterior estágio (vide
figura 2. Anexos). Aqui a atividade onírica já pode surgir sob a forma de sonho com uma história integrada (IBID, 1998)
- Estágio 3:
Tem muitas semelhanças com o estágio 4, daí
serem quase sempre associados em termos bibliográficos quando são
caracterizados. Nessas fases, os estímulos necessários para acordar são
maiores. Do estágio 3 para o estágio 4, há uma progressão da dificuldade de
despertar. Esse estágio tem a duração de cerca de quinze a vinte minutos. (vide
figura 3. Anexos).
- Estágio 4:
São quarenta minutos de sono profundo. É muito
difícil acordar alguém nessa fase de sono. Depois, a pessoa retorna ao terceiro
estágio (por cinco minutos) e ao segundo estágio (por mais quinze minutos).
Entra, então, no sono REM.
Neste estágio NREM do sono caracteriza-se pela secreção do
hormona de crescimento em grandes quantidades, promovendo a síntese
proteica, o
crescimento e reparação tecidular, inibindo, assim, o catabolismo. O sono NREM tem, pois, um papel
anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de
energia física (IBID, 1998).
4.
O Sono REM
O sono REM caracteriza-se por uma intensa actividade
registrada no eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez e paralisia
funcional dos músculos esqueléticos. Nesta fase, a actividade cerebral é
semelhante à do estado de vigília. Deste modo, o sono REM é também denominado por vários autores como
sono paradoxal, podendo mesmo falar-se em estado dissociativo (IBID, 1998).
Nesta fase do sono, a atividade onírica é
intensa, sendo sobretudo sonhos envolvendo situações emocionalmente
muito fortes.
É durante essa fase que é feita iscugula da
atividade cotidiana, isto é, a separação do comum do importante. Estudos também
demonstram que é durante o REM que sonhos ocorrem. A fase representa 20 a 25%
do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos. É
essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.
Também
nesta fase, os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral é similar
àquela que se passa nas horas em que se está acordado. As pessoas acordadas
durante o sono REM, normalmente, sentem-se alertas, com maior índice de atenção, ou mais dispostas e prontas para a atividade normal. Os movimentos dos
olhos associados ao REM são gerados pelo núcleo geniculado lateral do tálamo e associados a ondas occipitais. Durante o sono REM o tônus muscular da pessoa diminui consideravelmente. Também chamado sono paradoxal,
termo que caiu em desuso (IBID, 1998).
No
R.E.M., o cérebro bloqueia os neurônios motores, para que o corpo não obedeça as ordens
sonhadas ou as encene. O resultado é conhecido como Paralisia do sono.
4.1.Duração do sono REM
Durante
uma noite de sono, uma pessoa normalmente tem cerca de 4 ou 5 períodos de REM,
que são bem curtos no começo da noite e mais longos no final. É comum acordar
por um curto período de tempo no fim de um acesso de REM. O tempo total de sono
em REM ronda os 90 a 120 minutos por noite para adultos. Entretanto a
quantidade relativa de sono REM diminui acentuadamente com a idade (IBID, 1998).
Um bebê recém-nascido dorme mais de 80% do tempo total de sono em sono REM; enquanto uma
pessoa de 70 anos dorme menos de 10% em sono REM. A média para adultos jovens é
20% do tempo total de sono ser em sono R.E.M.
4.2.Prevalência do sono REM
Segundo RUBENS (1999) afirma que,
a prevalência permite compreender o quanto é comum ou rara, uma determinada
doença ou situação numa população. Na área da saúde a prevalência ajuda o
profissional a conhecer a probabilidade – ou risco – de um indivíduo sofrer de
determinada doença.
A prevalência do sono REM é mais comum em crianças em idade escolar. Cerca de 25% das
crianças entre 3 a 10 anos relatam pelo menos um episódio por ano e 15% tem
episódios todos os meses. Possui tendência genética pois gêmeos idênticos
apresentam sonambulismo seis vezes mais frequentemente que os não-idênticos e
40% das pessoas com sonambulismo possuem pelo menos dois outros parentes que
também tem este distúrbio. Estima-se que a prevalência nos países varie entre 1
a 15% da população, sendo mais comum nos países com população predominantemente
jovem e com alto uso de sedativos (como álcool) (IBID, 1999).
Dentre as crianças entre 5 e 12 anos de idade,
estima-se que 15 a 40% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo
menos uma vez na vida. A maior parte das crianças sonâmbulas deixa de
apresentar este comportamento a partir da adolescência.
Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 4% apresentam
sonambulismo. Porém é importante lembrar que quando acordamos por curtos
intervalos, o cérebro pode apagar essas memórias como desnecessárias junto com
nossos sonhos, dando a impressão de um episódio de sonambulismo. Essa amnésia também
é comum nas dissonias. Como crianças não tem as áreas responsáveis
pela memorização bem desenvolvidas quanto adultos esse esquecimento é ainda
mais comum nelas (IBID, 1999).
5.
Características
do sono REM e NREM
Segundo TIERNEY (1993) afirma que, os sonos REM
e NREM são habitualmente episódios isolados, mas pode ter um carácter
recorrente em 1-6% dos pacientes. O sonambulismo, segundo estudos de polissonografia, geralmente ocorre uma a duas horas
depois de começar a dormir (estágios 3 e 4 do sono), na fase chamados sono de
ondas lentas (SOL) e Lento único e afetivo (LUA). Pode durar apenas alguns
segundos ou mais de 30 minutos.
6.
Causas do
sono REM e NREM
As causas do sono REM e NREM são desconhecidas
e não existe um tratamento eficaz. Acredita-se, erradamente, que o sonambulismo
é a conversão, no estado de vigília, dos movimentos que o indivíduo efetua
durante o sonho.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, na realidade o sonambulismo ocorre antes do estágio de
movimentos oculares rápidos. O sono tem cinco estágios durante os quais as
ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo estado de
relaxamento..
Segundo afirma que a baixa atividade se mantém
no hipotálamo, ligado à consciência, e no córtex cerebral, que controla os
movimentos do corpo. No caso dos sonâmbulos, essas ondas, vindas de uma área do
cérebro chamada ponte, são irregulares. Por isso não cumprem a contento a função
de inibir a região motora (IBID,
1993).
Como as áreas motoras permanecem ativas, o
sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e trocar a roupa. Já a área relacionada à
consciência e memória, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso
explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz nem se lembra
de nada no dia seguinte embora algumas vezes podendo se manifestar como por
exemplo: ir pagar uma conta a um multibanco ou escrever uma carta devido uma
grande preocupação (IBID, 1993)
6.1. Factores de risco
Vários factores aumentam a probabilidade de
sonambulismo, dentre eles.
Além disso, é mais frequente em pessoas que
possuem transtornos como:
6.2. Casos
notáveis
Em
1846 Tirell Bickford foi acusado de
matar a prostituta, Mary Ann, durante um episódio de sonambulismo mas
inocentado pelo critério de insanidade temporária.
Recentemente houve um caso no onde um homem
escalou uma montanha durante o sono, e acordou apenas lá em cima. O incrível é
que bombeiros cheios de equipamentos e outros levaram horas para escalar a
montanha para o resgate, já que a montanha era muito íngreme.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, algumas
pessoas já foram vistas caindo de janelas e escadas enquanto estavam
sonâmbulas. Alguns sonâmbulos podem ser violentos, inclusive a ponto de matar
acidentalmente pessoas próximas. Em alguns casos internacionais de homicídios e
tentativas de homicídio com pacientes sonâmbulos o juri declarou o réu inocente
por critério de insanidade temporária. Em outros casos esse
argumento já foi negado e o réu condenado a morte, prisão ou confinamento em
instituição psiquiátrica.
Segundo DORLAND (1993) afirma que, os comportamentos incluíram: tirar própria roupa;
molestar o parceiro; tentar tirar a roupa do(a) parceiro(a); auto-estimulação e
tentar o coito forçado. Acordar o parceiro pode ser difícil mas é suficiente
para que ele se controle, geralmente se sentindo culpado e envergonhado por
esse comportamento.
6.2.1.
Comportamento violento
Alguns pacientes violentos durante o
sonambulismo também tem episódios recorrentes de terror noturno e pesadelos. As principais características associadas à este comportamento são:
Ø Sexo
masculino;
Ø Problemas
familiares na infância;
Ø Presença
de desorganização no horário do sono, com ciclos vigília-sono mais caóticos;
Ø História
de abuso de substâncias.
Esse tipo de comportamento é bastante raro com
apenas alguns poucos casos descritos na literatura.
6.3.Fatores ambientais que interferem no sono
Segundo PHIPPS
(1995) afirma que, o sono é uma das
muitas ocorrências biológicas que tem lugar à mesma hora, cada 24 horas.
A
necessidade diária de sono varia, não só de indivíduo para indivíduo (variação
inter-individual), como também no mesmo indivíduo (variação intra-individual)
de dia para dia. Existem vários factores que contribuem para a alteração do
padrão de sono, nomeadamente factores físicos, sócio-culturais, psicológicos,
ambientais e outros. Segundo um estudo efetuado por DLIN e colaboradores,
dentro do ambiente temos então:
Ø
Ruído: o ruído pode ser visto como um perigo ambiental que cria desconforto e pode
interferir com o sono e repouso do doente, uma vez que activa o sistema
nervoso simpático cuja
estimulação é responsável pelo estado de vigília ou alerta do indivíduo.
Ø
Luz: muitas pessoas apresentam
um nível de sensibilidade elevado à luz, sendo por isso facilmente perturbadas durante o sono mesmo que seja
uma luz de pouca intensidade.
Ø
Temperatura: tendo em
conta que a temperatura
corporal atinge o seu pico ao final
da tarde ou princípio da noite e depois vai baixando progressivamente,
atingindo o ponto mais baixo ao início da manhã, uma diminuição ou um aumento
da temperatura ambiente faz, geralmente, acordar a pessoa ou cria-lhe um certo
desconforto que o impossibilita de dormir.
6.4. Relação
entre sono REM e o estado de Vigília
Dentre o sono REM e o estado de vigília
encontra-se uma relação existente entre esses dois processos, onde, o sono REM
caracteriza-se por uma intensa actividade registrada no eletroencefalograma (EEG) seguida por flacidez e paralisia
funcional dos músculos esqueléticos. Por outro lado, o estado de vigília, o
sono tem uma duração de um a dois minutos, estando o indivíduo facilmente
despertável. Predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, mioclonias das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre relacionada com acontecimentos
vividos recentemente.
7. Constatação
Chegado ao fim deste trabalho constatou-se que,
o sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença, enquanto a privação deste pode afectar a regeneração celular assim como a total
recuperação da função imunitária.
O número
de ciclos por noite depende do tempo do sono, acrescentando, ainda, que "o
sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses
ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o
padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.
Durante o
sono, o indivíduo passa, geralmente por ciclos repetitivos, começando pelo
estágio 1 do sono NREM, progredindo até o estágio 4, regride para o estágio 2,
e entra em sono REM. Volta de novo ao estágio 2 e assim se repete novamente
todo o ciclo.
Dentre
as crianças entre 5 e 12 anos de idade, estima-se que 15 a 40% tenham
apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida. A maior
parte das crianças sonâmbulas deixa de apresentar este comportamento a partir
da adolescência. Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 4% apresentam
sonambulismo.
O sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e
trocar a roupa. A área relacionada à consciência e memória, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso
explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz nem se lembra
de nada no dia seguinte embora algumas vezes podendo se manifestar como por
exemplo: ir pagar uma conta a um multibanco ou escrever uma carta devido uma
grande preocupação.
8.
Bibliografia
1.
ABLON, S. L. & MACK, J
£. — Sleep Disorders. In NOHSPITZ, J.
D., ed. — Basic Handbook of Child Psychiatry. New York, Basic Books, 1979 p.
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BAKWIN, H. — Sleep-walking in twins. Lancet 2:446,
1970.
3.
BOLANDER, Rapid Moviment of Eyes 1998
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DORLAND citado por ROPER; LOGAN;
TIERNEY, 1993, 466
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KALLES JD, KALLES A,
Soldatos CR, Chamberlin K, Martin ED. Sleepwalking
and night terrors related to febrile illness. Am J Psychiatry.
1979;136(9):1214-5.
6.
Mahowald & Schenck. 1283.
7.
Ohayon MM, Caulet M, Priest
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8.
RUBENS N.
A. A. REIMÃO, ANTONIO B. LEFÈVRE (1980) DISTÚRBIOS
DO SONO NA INFÂNCIA. http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/634.pdf, 1999.
9.
Sleep foundation.org
9. Anexos
Anexos I
Figura1.
Uma criança adormecida
Anexo II
Figura
2. Sono REM no seu 2º Estágio
Fonte:
Lar dos Estudantes Femininos
Anexo III
Figura
3. Sono REM no seu 3º Estágio
Fonte:
Lar dos Estudantes Masculinos
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